domingo, 8 de dezembro de 2013

Quem me dera


Quem a conhece ou desconhece sabe que ela sonha textualmente em linguagem musical. Conhece ou desconhece pois não se pode tomar a parte pelo todo sem articulá-las e menos ainda negar a necessidade de conhecer desconhecendo, de acertar errando, de enlouquecer lucidamente.

É assim que ela pensa muitas vezes. É assim que ela cosmo-visa o mundo. Não só assim, mas bem assim.

Há momentos em que a linguagem é a meta e não a metalinguagem. Este é o caso.
Momento do contraditório, pois se a linguagem quer ser meta de chegada bem que pode ser ponto de partida.

Meti aqui um exemplo do contraditório e da sua afirmação. Poético e político que é pra ser sincera. Pra ser parte. Para estar contida no mergulho que entorpece e emancipa.

Isto é esse post. A contradição como meta paradoxal e o paradoxo como meta. Aquele que quer alcançar todos o lugares e ampliar os sentidos ao mesmo tempo em que não tem a pretensão de chegar a lugar algum. Ou ainda "o além dos além" que nunca ninguém viu como assim falou Estamira.


Assim, hoje a música não é de bandeja e o texto é que vem de brinde. É comum no exercício antropológico e na vivência pessoal-cultural que brindemos nossos mortos. De toda forma, o texto musicado e o texto escrito estão juntos e conectados nela e por ela. Daí a meta dela e da linguagem. E a linguagem da meta dela.

Sobre o brinde aos nossos mortos e mais além, por Boff:
http://leonardoboff.wordpress.com/2013/12/07/o-significado-de-mandela-para-o-futuro-ameacado-da-humanidade/


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A mágica da dádiva é que ela não pára na tua mão. Ela segue em infinitas parcerias.
A meta é tornar infinitas as possibilidades de comunicação e cognição para a liberdade dos seres. E quem dera fazer algum sentido entre os elos da corrente que re-une o humano em sua humanidade.

'Quem me dera não sentir mais medo algum'. 



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